Fuja da Armadilha: Por Que o Crime Não Vale a Pena
Você já parou pra pensar nos caminhos que o crime realmente leva? Neste post, a gente te mostra por que a ilusão do "dinheiro fácil" é uma armadilha, e como as consequências reais — da prisão ao impacto na vida e na família — provam que o crime, no fim das contas, nunca compensa. Pense bem antes de cair nessa!
DIREITO - ECA
Tiago Euzebio
7/18/2025
A juventude é uma fase vibrante, cheia de sonhos de independência, trabalho, dinheiro, viagens, entre outras coisas. No entanto, muitos jovens se veem tentados por "atalhos" ou assediados pela promessa de que o "fluxo normal" de vida, construído com estudo e trabalho, dignidade ética e moral, construída tijolo por tijolo se torna um meio cansativo e um tanto quanto demorado, afinal de contas, ser jovem traz consigo um senso premente, o que de certa forma se torna perigoso pois o que parece ser sinônimo de agilidade, ou luz no final do túnel para a coquista célere dos sonhos e objetivos, pode ser considerado um caminho ardiloso, essa tal "luz do crime" que nesse caso aparecem aos jovens no inicio do túnel, apresenta um caminho fácil de recompensas e prazeres imediatos, que pode ser de certa forma irresistível a primeiro momento, é na verdade uma armadilha perigosa que em muitos casos sem que se haja tempo para percepções, o passado fica para traz, voltar pode até ser uma opção porém esse caminho deixa marcas difíceis se serem reparadas, recomeçar pode não ser tão fácil.
É crucial desmistificar essa ilusão e mostrar a dura realidade das consequências que essa falsa promessa de riqueza, poder e liberdade oferecidas pelo mundo do crime pode trazer, especialmente no que tange os possíveis efeitos legais que após registrados uma vez, passam a fazer parte do cotidiano do indivíduo, o sujeito após ser seduzido pelo mundo do crime, depois de determinado tempo passa a esconder sua existência atras dos seus próprios medos, a violência de certa forma passa a integrar a rotina e o indivíduo passa a sentir uma constante ameaça à sua liberdade.
Existem diversas formas de entrar para o mundo do crime, ja a saída é um pouco mais complicada, quando crianças e adolescentes a entrada pode ser concebida por meio de "pequenos favores", como ser um "olheiro", levar uma "encomenda" ou conversar com alguém envolvido em um crime, podem colocar a liberdade de um jovem em risco, iniciando um histórico de atos infracionais.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) apresenta algumas medidas para reeducar jovens em conflito com a lei através de medidas socioeducativas. A mais grave delas, a internação, é uma severa privação de liberdade em um ambiente desafiador. Infelizmente, em vez de apenas reeducar, muitas dessas instituições se assemelham a prisões adultas, expondo jovens dos 12 aos 21 anos incompletos a realidades complexas, onde muitos já cresceram sem conhecer uma vida livre de infrações e delitos, pois são tantas reincidências de crimes que se tornam hospedes dessas casas como a Fundação Casa (SP), Degase (RJ), Fundac (PE), Seas (CE), Dease (PR), entre outros nomes. Essas instituições são parte do esforço de cada estado para cumprir o que é determinado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e pelo SINASE, (Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo) que foi instituído pela Lei nº 12.594/2012 e regulamenta como as medidas socioeducativas devem ser aplicadas a adolescentes que cometeram atos infracionais no Brasil visando à ressocialização dos adolescentes em conflito com a lei.
Embora as medidas socioeducativas tenham duração máxima de três anos e a liberação compulsória ocorra aos 21 anos de idade, essas medidas deixam marcas profundas na vida e no histórico do jovem infrator, não impactando a vida civil após atingir a maior idade mas podendo ainda ser consultado por autoridades judiciais, como por exemplo em processos criminais futuros, um juiz ou promotor pode ter acesso ao histórico socioeducativo do indivíduo (não através da certidão comum, mas por meio de consultas específicas), principalmente para avaliar a conduta social, se relevante para o caso em questão.
O crime não atinge apenas quem o pratica, ele também deixa marcas profundas nas famílias dos adolescentes, nas vítimas e na sociedade como um todo, gerando dor, insegurança e prejuízos incalculáveis.
Ao atingir a maioridade, a lei não faz mais distinção pela idade. Crimes cometidos nessa fase adulta (após 18 anos) resultam em processos criminais, onde o crime é considerado a conduta típica, ilícita e culpável, sujeita a penas criminais (como reclusão, detenção ou multa).
Uma pessoa com uma "ficha suja", mesmo após cumprir suas obrigações com a justiça, infelizmente, será vítima de preconceito da sociedade. Em teoria, após o cumprimento da pena, o cidadão estaria apto a retornar a sociedade para ter uma vida normal, trabalhar, estudar, socializar, porém devido seus antecedentes criminais, essas atividades se tornam complexas, pois embora as empresas não possam recusar um emprego para quem tem antecedentes criminais, no Brasil, ainda não existe uma lei específica que penalize diretamente quem não contrata por causa de antecedentes criminais de forma genérica. No entanto, a discriminação baseada em antecedentes criminais é considerada ilegal e pode gerar indenizações e outras sanções, pois viola uma série de princípios e leis que protegem o direito ao trabalho e a dignidade da pessoa humana.
Bom, a meu ver "o cachorro que tem mais de um dono, acaba morrendo de fome", não adianta ser ilegal por violar uma série de leis e princípios, os antecedentes criminais fecham muitas portas no mercado de trabalho, impede acesso à moradia e macula as relações sociais, impactando cada esfera da existência desse indivíduo.
A boa notícia é que existe outro caminho. Pode parecer uma "mata fechada", cheia de desafios e até frustrações, mas é um caminho que, uma vez descoberto e trilhado, revela novas possibilidades e conduz a uma liberdade verdadeira, poder de escolha e realização pessoal e profissional.
Com o passar dos anos, as recompensas das boas escolhas e do trabalho honesto superam os desgastes da jornada, mostrando a cada dia que você está no caminho certo.
A busca por conhecimento, a qualificação profissional e a dedicação a uma carreira legítima abrem as portas para um futuro promissor e estável. Existem inúmeras oportunidades para jovens que buscam um caminho íntegro, desde cursos técnicos e profissionalizantes até programas de primeiro emprego e empreendedorismo.
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Escolher a legalidade é optar por construir um legado positivo, ter a consciência tranquila e ser um agente de transformação para o bem em sua comunidade. A decisão de afastar-se do crime é uma atitude de inteligência e sabedoria, garantindo um futuro com dignidade, respeito e plenitude, muito diferente da efêmera e perigosa promessa que o mundo do crime tenta vender. Lembre-se, seu futuro depende da sua escolha hoje.
